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Quando o gratuito custa caro
Talvez o problema não seja a falta de dinheiro. É a ausência de quem deveria estar presente.
Na última quinzena, estive disponível para um grupo de 20 empreendedores em Caruaru, dentro de uma mentoria gratuita promovida pelo Sebrae.
Primeira semana? 14 presenças. Segunda semana? 5.
Sim, cinco.
E desde então, tenho me feito algumas perguntas que talvez também sirvam pra quem empreende:
Será que o problema é o preço? Quando é de graça, perde valor?
Será que o formato ou o consultor (no caso, eu) não agradaram?
Será que capacitação ainda não é uma prioridade para quem está à frente de tudo no próprio negócio?
Pode ser um pouco de tudo. Mas o ponto é: o que estamos priorizando?
Muita gente diz que quer crescer, aprender, desenvolver... mas não comparece quando a oportunidade aparece — ainda mais quando ela não custa nada, pelo menos financeiramente.
O curioso é que esses mesmos empreendedores fazem absolutamente tudo dentro da empresa: compram, vendem, produzem, atendem, cobram, postam no Instagram e ainda reclamam que o negócio não cresce.
A verdade é que quem faz tudo, geralmente, não consegue fazer nada com profundidade. E quando aparece a chance de aprender a fazer melhor, com mais estratégia e menos desgaste, a prioridade é outra.
No fundo, o gratuito pode ser muito caro — principalmente quando a gente não enxerga o valor que ele carrega.
Então, antes de reclamar da falta de tempo, de crescimento ou de resultado, vale a pena se perguntar: o que eu estou fazendo com as oportunidades que recebo?
Às vezes, o que falta não é dinheiro, é presença.
Essa semana, recomendo dois ingredientes: olhar atento e café forte. O primeiro pra enxergar o que você anda ignorando. O segundo, pra não dormir diante das oportunidades.
Até a próxima! ☕