O poder de observar

Uma das coisas que mais tenho exercitado no meu silêncio é observar. Talvez por carregar uma característica mais introspectiva, observar se tornou uma das minhas maiores ferramentas.

Muitas vezes, a simples prática de observar me traz tranquilidade: é como se eu pudesse enxergar melhor como as coisas estão funcionando ao meu redor. Mas, confesso, a minha mente ansiosa nem sempre deixa isso ser tão leve assim. Observar, em alguns momentos, vira uma armadilha — a de tentar antecipar fatos, prever cenários e controlar o incontrolável. E aí, em vez de aliviar, só aumenta a ansiedade.

É como quando preparo um café: se eu observo com calma, sinto o aroma, percebo o tempo certo, aprecio o processo. Mas, se fico ansioso para que o café fique pronto logo, acabo perdendo a experiência que faz parte do próprio ritual.

Observar é isso: um convite para viver o momento, sem a pressa de querer antecipar tudo.