O medo pode ser um freio – ou um impulso

O medo pode travar ou impulsionar. A escolha é sua – e um bom café pode ajudar.

Nos últimos tempos, venho praticando um exercício que, para muitos, pode parecer uma viagem ao passado sem propósito. Mas, na prática, percebi que olhar para trás pode ser um caminho poderoso para projetar o futuro.

Toda semana, separo um momento de silêncio (certeza de que Joaquim não está por perto!), respiro fundo e, de olhos fechados, revisito algumas situações do passado. Dependendo do nível de concentração, consigo sentir exatamente o que sentia na época – os medos, as incertezas, o cheiro do ambiente, os detalhes que ficaram marcados.

Mas o mais interessante? Não sinto frustração. Pelo contrário, isso me dá energia. As oportunidades que deixei escapar não voltam, mas elas servem como um lembrete para que eu não repita os mesmos erros.

Esse exercício é como um café forte: no começo pode ser amargo, mas logo depois vem a clareza. E quando a gente aprende a apreciar, percebe que sempre há algo novo para extrair.

O que aprendi com isso?

Se você fizer esse exercício, o começo será difícil. As primeiras lembranças podem trazer um peso emocional grande. Mas há uma verdade nisso tudo: o passado já está escrito e não pode ser mudado. O que pode ser transformado é a maneira como projetamos o futuro.

Depois dos 40 anos, parece que a montanha-russa da vida muda de direção. Se antes a sensação era de uma subida constante, agora começa a descida – e, com ela, o medo. Mas, assim como em uma montanha-russa, o pavor inicial pode virar êxtase, desde que saibamos controlar a experiência.

André Vasconcelos

O medo como ferramenta – e não como barreira

Isso significa que eu não sinto medo? Claro que não. O medo continua lá, mas agora ele funciona como um controle de velocidade, e não como um freio de emergência.

O problema nunca foi o medo, mas o que fazemos com ele. Se o usarmos como um sinal de alerta e não como um bloqueio, podemos escutar o presente com mais clareza e tomar decisões pensando no futuro – sem ficar presos ao que deixamos passar.

E sabe de uma coisa? O medo e o café têm algo em comum. Ambos aceleram os batimentos, mas só um deles te faz seguir em frente.

Agora, quero saber de você

Essa reflexão veio depois de uma situação real que vivi essa semana. Era mais uma daquelas escolhas que me colocam frente a frente com o medo. Mas, dessa vez, não deixei que ele me paralisasse. Escutei minha intuição, tomei a decisão e segui o caminho que parecia certo.

Se vai dar bom? Não sei. Mas sei que vou tentar.

E você, já deixou alguma oportunidade passar por conta do medo? Responde este e-mail e me conta sua história. Quero saber como você lida com isso.

Agora, pega um café, porque algumas conversas só fazem sentido com uma xícara na mão.

Até a próxima! ☕