O tempo passa – e as ideias ficam no "depois"

Hoje vamos tomar nosso primeiro café. ☕

Iniciamos hoje uma conversa semanal onde pretendo compartilhar quase 25 anos de experiência profissional e pessoal. Ao longo dessa jornada colecionei histórias, acertos, erros e aprendizados práticos – e agora, chegou a hora de tirar essas vivências da gaveta e dividir com você.

Mas antes de falar sobre o que vem por aí, deixa eu contar de onde surgiu essa ideia.

Tudo começou durante uma consultoria do Sebrae no interior de Pernambuco – uma região do Brasil que admiro profundamente e onde sempre encontro histórias de superação. Em uma dessas conversas, alguém soltou:

Por que você não compartilha tudo isso que já viveu?

Na hora achei a ideia ousada. Mas, em vez de descartá-la, fiz o que muita gente faz: guardei na gaveta do quem sabe um dia.

Até que, em uma viagem solitária de Recife para Maceió, essa lembrança voltou com força. E, no meio da estrada, decidi que não dava mais para adiar.

E aqui estamos.

Do primeiro emprego à burocracia sem sentido

Minha vida profissional começou aos 16 anos, como Office Boy em uma repartição pública. Para quem pensa que o trabalho era só entregar documentos e tomar café na copa, a realidade era outra: eu queria entender como as coisas funcionavam.

Naquela época os processos eram todos físicos – pilhas de papel circulando de mesa em mesa. E foi lendo esses documentos que comecei a aprender sobre o que hoje chamamos de burocracia. O problema? Nada ali era claro. Frases complicadas, palavras rebuscadas e uma formalidade exagerada.

Tive que recorrer ao dicionário várias vezes. E até hoje me pergunto: por que alguém achou que escrever desse jeito era uma boa ideia?

Mas foi assim que comecei. Sem perceber, aquilo me ensinou muito sobre processos, comunicação e, principalmente, paciência.

As outras etapas da jornada? Bom, essas eu vou contando aos poucos, porque ainda tem muita história para sair da gaveta.

Agora, uma pergunta para você

E você? Tem alguma ideia guardada no famoso "deixa para depois"?

Se sua primeira reação foi pensar "lá vem essa conversa mole", eu entendo. Mas, antes de ignorar, deixa eu te contar o que me fez mudar de ideia.

Naquele dia, voltando para casa, tive um estalo. Veio uma lembrança forte: meu filho Joaquim.

Tomei um susto, minha respiração acelerou e, no instante seguinte, me dei conta de como o tempo passa rápido.

Passei anos empilhando ideias na caixa do depois, achando que uma hora faria sentido tirá-las dali. Mas o tempo não espera. E se tem uma coisa que aprendi, é que ele pode ser um grande aliado – ou um vilão implacável.

Foi aí que usei uma regra simples:

✅ Colocar no papel as ideias mais importantes e definir quando executá-las.

Assim que cheguei em casa, escolhi três ideias daquela caixa lotada e estabeleci prazos para colocá-las em prática. E essa newsletter é uma delas.

Por que estou fazendo isso?

1️⃣ Compartilhar: Se algo do que eu escrever fizer diferença para alguém, já valeu a pena.
2️⃣ Escrever: Sempre relutei em escrever, talvez seja por isso que os primeiros textos fiquem horríveis. 😅
3️⃣ Terapia: Minha mente está sempre fervilhando de ideias, e escrever é uma forma de organizá-las e colocá-las no mundo.

Acho que já me alonguei demais. Mas, antes de encerrar, fica aqui o convite:

Pegue um café, revisite aquela ideia esquecida e tire da gaveta. Porque, no fim das contas, a única coisa pior do que uma ideia ruim, é uma ideia boa que nunca saiu do papel.

E se quiser me contar sobre ela, só responder esse e-mail. Vou gostar de saber.

Até a próxima! ☕