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A difícil missão de tomar decisões difíceis
Tomar decisões difíceis cansa — mas ficar parado cansa muito mais.
Tomar decisões já é um desafio por si só. Mas tomar decisões difíceis… essa é uma missão que, por mais que o tempo passe, nunca se torna confortável.
A verdade é que decisões difíceis raramente vêm acompanhadas de clareza.
Quase sempre elas chegam no horário errado, com informações incompletas, expectativas conflitantes e um silêncio interno barulhento.
E quanto mais importante é a decisão, mais ela pesa.
Pesa no peito, na cabeça, no estômago — e na ansiedade, que se alimenta daquilo que ainda não sabemos.
O curioso é que grande parte das decisões difíceis não têm uma opção “boa” e outra “ruim”.
Elas têm duas opções ruins de jeitos diferentes ou duas opções boas por motivos opostos.
A gente só descobre a diferença no caminho.
Com o tempo, aprendi que a dificuldade da decisão quase nunca está na escolha em si, mas no custo emocional dela.
Abrir mão, desapegar, contrariar alguém, encerrar ciclos, assumir riscos…
É isso que torna a decisão pesada — não a decisão, mas o que ela exige de nós.
E aí entra o café.
Porque tomar decisões difíceis é como preparar um café mais forte do que o habitual:
no começo você estranha, faz careta, questiona se precisava ser tão intenso.
Mas, lá na frente, percebe que era exatamente daquilo que precisava para acordar de verdade.
Talvez o melhor caminho não seja buscar a decisão certa, mas a decisão honesta — aquela que, mesmo difícil, te mantém coerente com quem você é e com o que acredita.
Então, se você está diante de uma escolha difícil, respira fundo.
Sirva um café sem pressa.
Escute o que você tenta evitar.
E lembre-se: decidir dói, mas ficar parado machuca mais.
Me conta — você tem uma decisão difícil aí na mesa esta semana?